terça-feira, 8 de dezembro de 2009

“Crack Nem Pensar!”

“Crack Nem Pensar!”
O crack é a forma menos pura da cocaína, essa droga tem um poder infinitamente maior de gerar dependência, pois a fumaça chega ao cérebro com velocidade e potência extremas. Ao prazer intenso e efêmero, segue-se a urgência da repetição. Além de se tornarem alvo de doenças pulmonares e circulatórias que podem levar à morte, os usuários se expõem à violência e a situações de perigo que também podem matá-lo.
O crack ativa o centro de prazer do cérebro e produz a sensação de euforia. Veja o que acontece com o dependente.
A fissura é a vontade irresistível de usar a droga. O usuário se torna agressivo: mente, rouba, se prostitui. Tudo para comprar a droga! O dependente quase não come nem dorme. Essa destruição é comum. O dependente fica vulnerável a doenças como pneumonia e tuberculose. Problemas cardiovasculares como enfarto podem ocorrer. Dependente sofre com doenças de memória e de concentração, oscilações de humor, psicoses, paranóia, alucinações e delírios. Pacientes podem morrer principalmente de doenças enfraquecimento do organismo. Mas a causa mais comum de óbito é a exposição à violência. O risco aprofunda o comportamento de risco desde envolvimento com traficantes a acidentes de trânsito!


→A dinâmica dө tráficө!
*Aviãozinho→ São os meninos que levam a droga aos clientes e mantêm os seguranças informados da presença dos policiais e outros grupos de rivais nas imediações. Eventualmente entregam as drogas usando bicicletas.
*Mula→ Transporta a droga da fronteira até a vila. Pode ou não pertencer a gangue.
*Soldados→ Armados com revólveres, pistolas ou espingardas calibre 12 e garantem a segurança da boca. O uso de fuzis ainda é exeção.
*Olheiros→ Em geral são crianças utilizadas para avisar os traficantes sobra a presença de pessoas estranhas na vila. Recebem alguns trocados ou em alguns casos, droga. É o primeiro passo pra entrar na gangue.
*Locais de Venda→ A venda de maconha, cocaína e crack ocorrem em diferentes pontos e atinge públicos bem distintos. São usados como pontos, por exemplo, bares e casas.
*Gerente→ É o segundo no escalão da gangue. Controla todo o movimento da boca. Administra e reparte o dinheiro (fatura cerca de 10% no total). Tem o comando sobre os outros traficantes.
*Boca→ É localizada em locais de difícil acesso, normalmente no topo do morro. O líder da gangue costuma utilizar mais de uma boca. Elas também servem para guardar as armas.
*Endolador→ São pessoas de confiança do líder da gangue. Fazem o trabalho de embrulhar a droga em papelotes celofane e prepará-las para o consumo.
*Patrão→ É o chefe da quadrilha. Na capital é regra ter vários líderes por comunidades. São eles que mantém contatos com fornecedores de fora do país.







→Depoimentos dramáticos de ex-viciados!
O crack, antes usados por marginais e menores de rua, agora chega a classe média. Depoimentos dramáticos dos que conseguiram largar o vício.
→Depoimento: Olá, meu nome é Anita, eu sou uma co-dependente, filha de uma dependente química falecida (cocaína/álcool), neta de uma dependente alcoólica também falecida, com pai falecido e ex marido dependente químico - cocaína/crack - (pai do meu filho). Há 2 meses terminei um relacionamento (mulher) também com uma dependente química - dependente de crack - a qual eu amava muito, porém não pude mais ver a pessoa a quem amava se matando aos poucos. Procuro uma forma de me recuperar da co-dependencia, e de só manter relacionamentos com dependentes, parece mesmo que os atraio. A forma que encontrei de ajudar a mim mesma é escrevendo, comecei a escrever um livro que com certeza um dia irei publicar, e minha intenção é ajudar muita gente, que sofrem com dependência e co-dependencia. Estou pesquisando diferentes casos (não somente o meu) e diferentes depoimentos.
→Depoimento: Meu nome é Rodrigo, sou alcoólico e dependente químico hoje graças a Deus em recuperação. No início o uso de drogas e álcool funcionou como uma ajuda para me soltar mais, combater timidez, me sentir aceito e uma série de

ilusões. Usava pouco, trabalhava, estudava, me
relacionava bem com todos... Mas aos poucos, devido a progressividade da doença, fui pondo de lado coisas importantes na vida, me isolando e fui indo até perder o controle e chegar ao fundo do poço. Procurei ajuda, passei por duas internações, e hoje me encontro a exatamente oito meses limpo, frequento regulamente reuniões de apoio na irmandade anônima de minha preferência e venho conseguindo, um dia de cada vez, com a ajuda de meu Poder Superior e dos companheiros da irmandade, me manter limpo só por hoje. Muito bom poder partilhar com vocês, ler e ser lido através deste canal. Desejo a todos o mesmo que para mim: 24 horas de serenidade e sobriedade.

Luis Fernando
Joana Alves

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